Estudante com autismo que passou em medicina na UFPB conciliou estudos e trabalho
2 fev 2024 - Destaque / NotíciasLuanna fez um cursinho pela internet e também usou material gratuito. Ela precisou conciliar o trabalho como fisioterapeuta com os estudos para o Enem.
A paraibana, de Campina Grande, já é formada em fisioterapia e também precisou conciliar o trabalho, com uma carga horária de 20 horas semanais, e as 10 horas de estudos por dia.
Cursar medicina, por outro lado, é um sonho antigo, que foi adiado por conta das condições financeiras da família de Luanna. Após anos como ambulante, a mãe dela agora possui um comércio de lanches. Já o pai é operador de máquinas.
“Depois da pandemia se intensificou a vontade de fazer medicina. Sendo que sempre foi um sonho de infância. Porém, eu vim de uma família de baixa renda na época e o objetivo ficou um pouco distante”, contou.
A fisioterapeuta vai seguir com as atividades profissionais até o começo das aulas, quando terá que se mudar para João Pessoa.
Já na capital paraibana, Luanna vai contar com o apoio de familiares, que devem auxiliá-la com o que for necessário, com tudo que a possibilite viver com qualidade.
“Como sou uma pessoa autista, preciso de um suporte, nem que seja mínimo. Eu tenho ansiedade social. Não consigo ir em um supermercado sozinha, por exemplo, porque posso ter crises sensoriais, não consigo falar por ligação, às vezes tenho que ser lembrada que tenho que comer”, explicou.