Sobre operação da PF em Coremas, prefeito diz que vai contribuir com investigações
27 mar 2024 - Destaque / Notícias / PolíticaO gestor disse que sua casa e a prefeitura não foram alvos da Polícia Federal. “Estou aqui para esclarecer, graças a Deus eu não devo, a minha gestão é transparente”, ressaltou
O prefeito da cidade de Coremas, no Vale do Piancó, Irani Alexandrino (REPUBLICANOS), foi entrevistado no programa Olho Vivo do Sistema Diário de Comunicação nesta quarta-feira (27), e falou sobre a operação da Polícia Federal deflagrada na manhã dessa terça-feira (26), para investigar crimes de fraude em licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no referido município.
O gestor relatou que assumiu a prefeitura em março de 2021 após a morte da ex-prefeita Francisca das Chagas que era conhecida como Chaguinha de Edilson, a qual faleceu vítima da COVID-19 no dia 23 de março daquele ano.
Irani Alexandrino disse que em nenhum momento se esquivou da Polícia Federal e passou o dia da terça-feira (26) na prefeitura. Ele fez questão de ressaltar que nem a prefeitura e nem sua casa foram alvos da PF.
“Levantei tranquilo, trabalhei o dia todinho na prefeitura, porque na verdade eu não temo, porque quem não deve não teme, então não sai de Coremas, estou em Coremas, estou à disposição. Em nenhum momento a polícia ligou para mim”, disse o prefeito.
Segundo Irani, o alvo da Polícia Federal também não foi o atual secretário de saúde, e sim, o ex-chefe da referida pasta que é o viúvo da falecida ex-prefeita Chaguinha.
O prefeito disse que não está colocando a culpa na ex-gestora, mas garantiu que está se defendendo e que as investigações não teriam nada haver com sua gestão.
Ele fez questão de reforçar que desde 2022 que não há mais contrato com a empresa citada nas investigações da PF, que estaria sendo favorecida por licitações da prefeitura.
“Estou aqui para esclarecer, graças a Deus eu não devo, a minha gestão é transparente”, disse Irani que se mostrou aberto para contribuir com as investigações da Polícia Federal.
“Estou 24 horas se precisar, estou pronto para colaborar, o que depender de mim eu estou aqui para ajudar a polícia. Eu mesmo sou contra coisa errada, eu acho que quem faz errado tem que pagar”, concluiu.
ENTENDA A INVESTIGAÇÃO
As investigações apontam indícios de que licitações realizadas pela Prefeitura Municipal de Coremas para fornecimento de medicamentos, entre os anos de 2017 e 2022, foram direcionadas para favorecer uma empresa vinculada aos investigados, totalizando pagamentos que alcançaram R$ 1.133.771,87, sendo que boa parte foi advinda do Fundo Nacional de Saúde (FNS).
Foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão pela 8ª Vara Federal de Sousa, que foram cumpridos nas cidades de Coremas e João Pessoa.