Preso: No mesmo mês do crime autor de feminicídios em Cajazeiras está preso
31 mar 2025 - Destaque / PolicialYvna Cordeiro afirmou que a justiça será feita dentro dos trâmites corretos no caso do duplo feminicídio que tirou as vidas de Layane dos Santos e Natalícia dos Santos na zona rural de Cajazeiras
A delegada Yvna Cordeiro, da Delegacia da Mulher em Cajazeiras, no Sertão paraibano, afirmou no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, que a justiça será feita dentro dos trâmites corretos no caso do duplo feminicídio que tirou as vidas de Layane dos Santos, de 24 anos, e Natalícia dos Santos, de 42 anos, no último dia 02 de março, na zona rural de Cajazeiras.
A investigação foi liderada pela 20ª Delegacia Seccional de Cajazeiras com apoio do Grupo Tático Especial (GTE). O acusado se entregou no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e depois foi conduzido à delegacia pela Polícia Civil.
A chegada de Gabriel à Central de Polícia provocou um momento de bastante tensão, no qual os policiais tiveram que agir para evitar que ele fosse linchado por familiares e amigos das vítimas, que realizavam um protesto na porta da delegacia. A viatura que trouxe o acusado teve um para-brisa lateral quebrado por um dos manifestantes.
“É bom deixar claro e falar de antemão que nós temos uma movimentação grande aqui na porta da delegacia, e eu já aviso a todos que a justiça vai ser feita, mas vai ser feita do modo correto como tem que ser feito, com o agressor sendo investigado, cumprindo o mandado de prisão e preso. Nada vai ser resolvido em uma violência maior, nem invadindo a delegacia ou algo do tipo, porque são coisas que a gente tem visto ultimamente e parecem normal, mas isso não é a normalidade. A normalidade é o autor ficar na delegacia, participar da audiência de custódia e ser direcionado ao presídio, como ele vai ser”, esclareceu a delegada.
Yvna Cordeiro destaca o fato de a prisão ter sido efetuada no último dia de março, o mês especial de luta em defesa das mulheres. “É muito emblemático, é muito importante. Nós não podemos voltar atrás as companheiras que, infelizmente, morreram, mas a gente tem como punir, e o agressor vai ser punido”.
A escrivã Elisângela Dantas, que também é uma das vozes ativas na militância em defesa das mulheres na região, externou, emocionada, seu sentimento. “Eu confesso que me traz tranquilidade e felicidade no dia de hoje, o último dia de março, um mês que nós passamos inteiro falando sobre esses casos e tantos outros, e tantando debater sobre agressão contra mulher. Eu confesso que estou muito satisfeita com essa prisão”.